O Ministério Público do Estado de São Paulo pediu a cassação do prefeito de Campinas-SP, Dário Saadi (Republicanos), por abuso de poder político e econômico no pleito municipal de 2024.
O parecer também deixa o mandatário inelegível por oito anos. Para a Promotoria, o chefe do Executivo campineiro utilizou de condutas ilícitas, como o uso da estrutura e de recursos públicos, para promoção pessoal, em sua disputa à reeleição. A ação foi movida pela coligação “Campinas – Uma Cidade Pra Todos”, que teve o deputado estadual Rafa Zimbaldi (Cidadania) como candidato a prefeito.
O parecer do MP encaminhado ao Juízo da 33ª Zona Eleitoral de Campinas destaca três fatores determinantes para a cassação do mandato de Saadi: gravação de vídeos de campanha em prédios públicos; distribuição de release à Imprensa, no decorrer da eleição, noticiando tratativas para a transferência da Câmara Municipal ao Palácio da Justiça; e a visita à empresa Benassi, utilizando as instalações da unidade privada para discurso eleitoral, constrangendo trabalhadores em pleno expediente – condutas totalmente vetadas pela legislação vigente.
Já no entendimento de Rafa, o pedido de cassação do prefeito de Campinas pelo MP-SP é “a justiça sendo feita”, mesmo após quase um ano da eleição de 2024. Para o deputado estadual que concorreu nas urnas com Saadi, o republicano levou vantagem sobre os demais candidatos à Prefeitura, ao se utilizar de uma estrutura que tinha o só pelo fato de ser prefeito, caracterizando, desta forma, abuso de poder político e econômico.
O que diz a prefeitura de Campinas.
A reportagem da Guardiã da Notícia encaminhou diversos questionamentos ao governo de Campinas sobre o pedido feito pelo MP contra o prefeito da cidade. Em resposta aos questionamentos, a assessoria do governo de Campinas fez os seguintes esclarecimentos:
“A ação da qual trata o parecer do MP refere-se às eleições de 2024 e ainda tramita na Justiça Eleitoral de Campinas, sem nenhuma decisão proferida. As denúncias têm um teor similar a outra ação já julgada, em que o TSE atestou, em abril deste ano, a inocência do então candidato e agora prefeito Dário Saadi. Por isso, a defesa do prefeito confia que o entendimento da Justiça agora será o mesmo”.